Cut-sp: Semana Decisiva Em São Paulo

CUT-SP encerra semana com apoio à greve da saúde, debate sobre IA e novas mobilizações

São Paulo, 4 de outubro de 2025

cut são paulo

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo encerrou a semana ampliando sua presença nas ruas e nos debates estratégicos. A CUT-SP apoiou a paralisação de 48 horas dos servidores públicos da saúde estadual iniciada em 1º de outubro, participou da abertura de um congresso nacional da categoria e levou ao ABC uma agenda sobre os impactos da inteligência artificial no trabalho. A entidade também manteve sua mobilização em torno de pautas como reforma agrária e defesa da democracia, ao mesmo tempo em que prepara sua delegação para a 17ª Plenária Nacional da CUT.

Greve da saúde em 1º e 2 de outubro

A paralisação de 48 horas dos servidores da saúde estadual começou na quarta-feira 1º de outubro com reivindicações salariais e trabalhistas. Entre os pontos centrais estiveram o pagamento da Bonificação por Resultados prometida para setembro, a atualização do valor do auxílio-alimentação estagnado desde 2018 e a valorização das carreiras. Diversas unidades de referência foram afetadas, com atos informativos à população e organização de comandos de greve nos serviços de saúde. A mobilização cumpriu o calendário previsto e se encerrou na sexta-feira 3, com novas assembleias locais debatendo os próximos passos.

Categoria de enfermagem em foco

A direção estadual marcou presença na abertura de um congresso nacional de enfermeiras e enfermeiros, sinalizando o reforço da interlocução com a linha de frente do SUS. As discussões priorizaram condições de trabalho, financiamento do sistema e a defesa de políticas públicas que sustentem a qualidade do atendimento.

Inteligência artificial e o futuro do trabalho

Nos dias 2 e 3 de outubro, o ABC paulista recebeu uma conferência dedicada a discutir os impactos da inteligência artificial no mundo do trabalho. O encontro reuniu especialistas, dirigentes sindicais e representantes de diversos setores para tratar de automação, qualificação profissional e regulação. A CUT-SP levou contribuições sobre transição justa, proteção social e negociação coletiva em ambientes com rápida adoção tecnológica.

Outras frentes de mobilização

A CUT-SP integrou agendas recentes em defesa da reforma agrária, dialogando com trabalhadores do campo e denunciando impasses na política fundiária paulista. Também manteve a mobilização pelo calendário democrático com atos contra propostas de anistia a golpistas e iniciativas que fragilizem a responsabilização de autoridades. No campo tributário, a central publicou análise crítica sobre emendas ao projeto do Imposto de Renda de pessoas físicas, apontando risco de queda de arrecadação e impacto em serviços públicos.

Calendário e próximos passos

A entidade estadual ajusta sua agenda para a 17ª Plenária Nacional da CUT que ocorrerá em meados de outubro em São Paulo. A plenária discutirá diretrizes para o próximo período com foco em sindicatos fortes, transição justa e trabalho decente. No âmbito estadual, seguem previstas reuniões com categorias do serviço público e do setor privado, além de atividades de formação e campanhas de sindicalização.

O que acompanhar

• Desdobramentos das negociações com o governo estadual após a paralisação da saúde.
• Encaminhamentos da conferência sobre inteligência artificial e possíveis agendas de qualificação profissional.
• Mobilizações no campo e na cidade em torno de direitos sociais e políticas públicas.
• Deliberações da 17ª Plenária Nacional e seus reflexos no plano de lutas da CUT-SP.

Panorama

A semana evidenciou uma CUT-SP com forte inserção setorial e territorial, alternando presença nas ruas, mesas de negociação e fóruns de formulação. O eixo comum das iniciativas esteve na defesa do serviço público, na atualização do debate trabalhista diante de novas tecnologias e na proteção de direitos. A continuidade do diálogo com as categorias e a articulação com demais centrais e movimentos devem pautar os próximos movimentos em São Paulo.

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